10/06/10

Retrato do artista porno enquanto jovem


De como a estupidez de «educadores» e políticos traumatizará crianças que ainda nem se preocupam com estes assuntos. A ver, no i e em outros jornais, os manuais que ensinarão as crianças entre 6 e 12 anos a «pôr o pénis na vagina». No jornal Sol:

«Porque ambos estão muito apaixonados, o pénis do homem endurece e incha, de modo a poder entrar na vagina da mulher, que, entretanto, fica húmida e acolhedora. Chama-se a isto uma relação sexual.»

Do que eu tenho a certeza é que se, aos 6 anos, alguém me dissesse isso, eu nunca mais tocava naquelas coisas. Ou então:

«Mas o sexo também pode acontecer quando não existe amor. Isso é uma escolha pessoal, uma forma de estar na vida que devemos respeitar.»

E que tal deixar às crianças o trabalho de crescer e fazer as suas escolhas morais segundo o seu critério e o exemplo das pessoas que as rodeiam? É que eu posso ser daquelas pessoas que acham que isto é perfeitamente desnecessário. Mas, opiniões pessoais à parte, é certo que teremos mais a perder (moral, modelos familiares, a descoberta sexual) do que a ganhar com a introdução de Educação Sexual nas escolas antes dos 15-16 anos. Por duas grandes razões: primeiro, não consta que a gravidez adolescente tivesse diminuído em países que adoptaram esta ideia; segundo, é sabido que o ser humano nunca foi bom em aplicar boas intenções à prática, e este, não tenho dúvidas nenhumas, será um caso trágico, do qual só veremos resultados daqui a dez ou vinte anos.

2 comentários:

  1. O que me fode à grande (e utilizei o palavrão gratuitamente)é a questão da moral.

    Quem é que decide o que é bem ou mal no sexo? O que é e não é normal no sexo? Porque por mais que se procure (que nem sei se farão) restringir a coisa ao acto em si, explicar aos putos como é que a coisa funciona, vai sempre resvalar para considerações morais sobre o que se deve fazer ou não fazer.

    Uma questão muito simples, educação sexual certo? Que sexo vão ensinar? O único e exclusivo que é condição sine qua non para nascerem mais putos? É que, por exemplo, para mim não se restringe a isso.

    Mas somos um dos países mais avançados da europa. Os homossexuais já se podem casar, daqui a uns anos podem igualmente adoptar, temos educação sexual nas aulas.

    Paísinho da merda...

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  2. Caro Ego (isto dito assim até parece um diário),

    Antes de mais, não penso que passarão «anos» até os casais homossexuais poderem adoptar. Possivelmente, será ainda durante este mandato do PS. Resta apenas agora saber se se faz algo como deve ser, com bastantes restrições, ou se se entregam as crianças logo na secretaria, como prémio pelo «avanço» nas leis.

    Não que eu não ache que não hajam muitos casais homossexuais com capacidade e estabilidade para dar um «lar». O «problema» é que eu sou daqueles que acha que até os heterossexuais, antes de engravidarem, deveriam fazer testes psicológicos escritos e ir à oral (sem malícia) antes de saber se podem ser pais minimamente razoáveis ou não.

    Agora a questão da educação sexual. Sinceramente... não me cheira nada bem. Eu, que sempre fui contra - porque não me faz sentido e nem vejo maneira de se dar isto que não seja polémica e invasiva -, começo a ver os meus piores prognósticos realizados: desfilar imagens e moral sexuais completamente «expostas» (não só graficamente, mas com os «porquês» e os «comos» de se ter sexo), chegando ao cúmulo de dizer a uma criança que pode ter sexo sem amor.

    Ora, tudo isto, dir-me-ão, são banalidades. Certo. Mas iriam pegar na vossa filha ou na vossa sobrinha de 6 ou 7 anos e falar-lhe disto assim? Não me lixem...

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