19/08/10

Escrever


Não sei bem porquê, há certas pessoas que se esforçam todos os dias por me exigir palavras, palavras, e mais palavras. Sobre tudo. Sobre nada. As palavras, essas, é que são o essencial. Isto, claro, é a história do costume: que escrevo pouco, que o que escrevo não chega, que devia escrever mais. Que fazer? É claro que desconfio que o pedido não surge de uma fome insaciável pelo doce sumo do escriba. A coisa estará mais relacionada com a obsessão alimentícia de manutenção do sítio. E se o sítio precisa de comer, é a este escravo que cumpre o trabalho de o alimentar. Obviamente.

Trabalho difícil. Especialmente quando o escravo faz o trabalho de três. O dele. O de um fantasma de que só se conhecem três letras. E o de um outro que prometeu mas que ainda nem sequer apareceu. Que fazer, portanto? A solução óbvia é escrever mais. Mais? Mais. E menos também. Dois parágrafos. Três no máximo. (Quase) Diariamente. Como pressão. A ver vamos se funciona.

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