12/09/10

Sonic the Hedgehog, a conservative hero


O João prefere o Super Mario ao Sonic the Hedgehog. Uma razão simples o anima: o ódio ao burguês. Como ele diz, o Mario, é uma figura «humilde», da «classe operária» e, claro, «trabalhador[a]» – corrijo, «muito trabalhador[a]»; o Sonic, por outro lado, não passa de um «convencido» e «vaidoso» que luta contra inimigos «iguais a ele mesmo» assim como – suprema ofensa! – contra «gordos» (que o inimigo maior de Mario seja uma tartaruga anafada com um fetiche estranho por uma princesa, parece, não o impressiona).

É claro que isto é ver pouco. É ver nada. Como, aliás, na ideologia estreita se é pródigo. Porque só existem dois mundos: o da «humildade» e o da «vaidade». O primeiro assenta num desejo desinteressado, o segundo, calculo, numa velhaquice interesseira. Mario faz parte do primeiro; Sonic, claro, do segundo.

A análise não passa no teste. No teste? No teste. E o teste é simples. Ignore-se o larvar ódio ao burguês e faça-se o esforço de ver as coisas como são. Primeiro, não existe tal coisa como desejo desinteressado. Segundo, mesmo que existisse, salvar uma princesa para acalentar a luxúria não é exactamente o melhor exemplo de tão nobres sentimentos. Porque Mario não procura a «vida simples» de uma «classe trabalhadora». Procura, isso sim, a ascensão social por via do casamento. Para Mario, ser herói tem uma função primária: salvar a rapariga (que, por acaso, por mero acaso, é uma princesa), para que assim ele próprio se possa salvar da sua própria condição «trabalhadora». Mario, um «conservador»? Duvidoso, duvidoso.

Sonic é diferente. Porque Sonic é honesto. O sonho do ouriço? Recostar-se numa árvore e observar os dias a passarem. Sem pretensões. Sem ambições. Sem preocupações. Mas com atitude. Com orgulho. Com vaidade. Infelizmente, sonho simples é sonho impossível, e logo surgem um conjunto de inimigos (com dr. Eggman à cabeça) que visam escravizar as criaturas livres do bosque. Por isso Sonic luta. Mas luta com um objectivo simples: que o deixem em paz, de modo viver a vida como ele muito bem ambiciona: num perpétuo ócio de quem nada exige nem nada deve.

Mas num ponto o João tem razão. Sonic batalha, não raras vezes, contra inimigos «semelhantes» a ele. E porquê? Porque é essa a suprema metáfora do seu heroísmo. Porque, na verdade, não há maior inimigo que nós mesmos. E sairmos vitoriosos perante essa realidade implica obrigatoriamente que nos superemos, ainda que imaginemos que tal não é possível. Ou, exactamente porque imaginamos que tal não é possível. Afinal Sonic é humano. Talvez até demasiado humano.

Como Burke uma vez afirmou, para que o mal prevaleça basta que bons homens nada façam. Uma luta desinteressada? Nem lá perto. Sonic luta pelos outros porque sabe que, no fundo, a luta deles é a sua luta. Porque, no fundo, ele compreende que a luta pela liberdade de um é a luta pela liberdade de todos. E o herói «conservador», afinal, nunca foi outro.

3 comentários:

  1. João olha aq seu idiota se for pra ofender o sonic me matem primeiro seu retardado >:/ o mario e bom mas não faiz nada mais doque limpar merda no cano

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  2. joão-cale-a-boca-o-sonic-e-o-melhor-o-mario-tem-velocidade?-não-ele-e-uma-tartaruga-quinem-o-bowser-o-mario-procura-esmeraldas-para-voutar-pro-seu-mundo?-n-ele-passa-por-tubos-de-esgoto-agora-se-vc-ofender-o-sonic-vc-so-pode-ser-o-dr.eggman!!!!!!

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  3. PISA EM CIMA DE MIM QUE EU DEIXO ,só nunca mais use essas palavras pra ofender o meu ouriço preferido desde os meus 7 ou 6 anos de idade! voce é 2.00000000 % sarcasmo puro

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