Marcelo Rebelo de Sousa, a mais adorada banalidade da pátria, foi, na semana que passou, à Universidade de Verão do PSD instruir uma juventude triste e sem imaginação acerca dos méritos da social-democracia. Não duvido que a palestra, que, como é hábito do professor, não deverá ter excedido um conjunto de lugares comuns, tenha impressionado os alunos, a crème de la crème jovem do partido.
Admito que, a mim, pelo menos, impressionou. E em especial impressionou os argumentos levantados pelo professor sobre a necessidade de eleger um social-democrata para Belém. Afinal, e como bem afirma Rebelo de Sousa, ou se acredita na social-democracia ou não se acredita. Se sim, então, faz todo o sentido que se coloque um da mesma tropa lá no sítio. E isto, claro, quer se «goste muito ou pouco» da figura, quer se «goste muito ou pouco» do estilo, do sorriso ou, no fundo, calculo, das ideias. O candidato é Cavaco? Por sorte. Aparentemente até podia ser outro. Fundamental é que a figura tenha no bolso o cartão que garanta que este faz parte do grupo certo. O que faz sentido. Afinal, o que é que existirá na social-democracia para ser alvo de crença não terá passado de uma discussão que, naquele dia, nunca, na verdade, terá sido importante. Como, aliás, nunca ninguém duvidou.
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