27/08/10

Um lunático com uma missão


Leio no jornal uma entrevista a Fernando Nobre, candidato presidencial. Mais uma. A coisa que, como já vai sendo habitual, não oscila para além do patético e o risível, possibilita-nos, no entanto, descortinar um pouco mais do lunático que se esconde por detrás do homem. Que nos diz o lunático, perdão, o homem? Que tem «esperança» tendo em conta as últimas sondagens. Que não acredita em «dicotomias», mas apenas na «transversalidade» da sua pessoa. Que o «mundo» precisa de um novo «paradigma global». Que ele é esse novo «paradigma», tal como o é Barack Obama. Razão suficiente, aliás, para que este mantenha, em cima da sua secretária, o livro do mesmo, de modo a nele diariamente procurar notas inspiradoras.

É tudo? Não é. Em jeito de despedida, e num assalto de pura lucidez, o candidato não deixa de revelar que, aconteça o que acontecer, este continuará «sempre a ser o presidente da AMI e o fundador da AMI». Aspecto que só prova que, tal como na sua candidatura, não é o homem que está ao serviço da causa, mas que a causa existe apenas e só para promover o lunático.

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